Aproximadamente dois em cada três entrevistados disseram assistir filmes e séries deitados em seus colchões, além de acompanhar as redes sociais antes de dormir. Pesquisa mostra ainda que essa mudança de comportamento em relação aos colchões não é acompanhada de uma maior atenção no que diz respeito ao cuidado com as condições do produto.
O Instituto Nacional de Estudos do Repouso (INER) lança hoje sua nova pesquisa proprietária, intitulada “Hábitos e percepções do sono: um estudo contemporâneo do repouso”, que avalia a relação da população com o sono, sua preparação e cuidados com os itens indispensáveis ao ato de dormir. Para o levantamento, foram ouvidas mais de 530 pessoas nos quatro estados da região sudeste brasileira: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
O estudo alerta para um sintoma preocupante na relação entre o ato de dormir e o zelo com o consumo de produtos relacionados diretamente ao repouso: 98% dos entrevistados considera importante dormir bem, mas aproximadamente 42% não consegue colocar em prática a recomendação de ter aproximadamente em média oito horas diárias de sono.
Os Vilões do Sono
O levantamento ainda mostrou que o principal vilão do sono hoje é o estresse, sendo mencionado por quase metade dos entrevistados como o principal fator de perda do sono. Em seguida, aparecem barulho (21%) e alimentação pesada (10%). “Esses números podem ser amplificados por alguns hábitos pré-sono não muito recomendáveis, como trabalhar (9%), jantar (26%) e mexer no celular (69%)”, diz a diretora-executiva do INER.
Os itens alimentação pesada e sedentarismo vem tirando mais o sono dos homens do que das mulheres, de acordo com a pesquisa proprietária do INER. Enquanto 19% do público masculino se queixa de prejuízo no sono devido a essas questões, o índice cai para 10% entre as entrevistadas.
Preocupação e Cuidados
Ao analisar os resultados da pesquisa, os especialistas do INER destacaram um ponto de atenção no que se refere ao cuidado com o principal produto relacionado ao sono, o colchão – que, de acordo com o levantamento, está passando por uma mudança de status: de um equipamento unicamente voltado para o ato de dormir para um espaço de entretenimento, função antes que era apenas do sofá.
A pesquisa aponta que quase 60% dos entrevistados assiste TV ou séries e 12% joga videogame deitados em seus colchões, além da relação com as redes sociais, uma vez que 2 em cada 3 brasileiros diz usar seu smartphone para dar uma conferida nos seus perfis enquanto está deitado. “O que preocupa é que essa mudança de comportamento em relação ao uso não vem acompanhada de uma maior atenção no que diz respeito ao cuidado com o colchão, por exemplo”, explica Fabiana Manzano, diretora-executiva do INER.
Segundo ela, 76% das pessoas ouvidas na pesquisa proprietária disseram ter consciência da necessidade de se trocar um colchão, em média, a cada cinco anos, mas apenas 54% o faz. Isso significa que 22% das pessoas que sabem da vida útil aproximada do produto opta deliberadamente por não trocá-lo. “No caso do público jovem, esse número é ainda mais preocupante: quase metade dos entrevistados com menos de 35 anos decide continuar usando um colchão com mais de cinco anos de uso”, explica Fabiana.
Recomendações
Segundo o INER, cinco anos não representam necessariamente um prazo máximo para troca do produto, mas é um prazo em que devem ser redobrados os cuidados com esse que é o principal produto relacionado com a qualidade do nosso sono. E aqui cabe outro alerta do INER: a população não reconhece indicadores físicos de que um colchão está no fim de sua vida útil. O levantamento indicou que uma em cada três pessoas não considera indicadores como colchão baixo ou dores no corpo como possíveis sinais de uma necessária troca de colchão.
Por esta razão, o INER alerta para a importância de se observar todos os Cuidados com o Colchão para uma melhor qualidade do sono e Desvenda os Mitos e Verdades sobre Colchões.